sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Certificação de competências adquiridas ao longo de uma vida...

Neste último dia do ano de 2010, gostaríamos de partilhar convosco alguns dos mais importantes momentos da Sessão de Júri de Certificação de Nível Secundário, realizada no dia 22 de Dezembro, na nossa biblioteca escolar.

Nesta sessão, foram certificados parcialmente os candidatos Ricardo Pocinho e Joaquim Fontes que, em Janeiro, irão integrar o Curso de Educação e Formação de Adultos de Nível Secundário, e certificados totalmente os candidatos Francisco Carvalho, Fátima Mendes e João Ribeiro.

Foi com orgulho e muita alegria que a equipa do Centro Novas Oportunidades Fernando Namora contribuiu para a concretização dos projectos de qualificação destes cinco candidatos.

A todos os nossos certificados e candidatos em Processo RVC, bem como a todos aqueles que seguem o nosso blogue, a equipa deseja um Feliz Ano 2011!



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cursos de dupla certificação de equivalência ao 12.º Ano
-ÚLTIMAS VAGASFigueira da Foz

Destinatários:
Jovens 15-24 anos
3.º Ciclo do ensino básico ou equivalente (9.º Ano)
Habilitação superior ao 3.º ciclo do ensino básico ou equivalente, sem conclusão o ensino secundário ou equivalente.

Cursos:



Técnico(a) de Instalações Eléctricas
Técnico(a) de Obra/Condutor de Obra

Esta oferta formativa concilia a formação em sala e a formação em posto de trabalho.
Apoios financeiros aos formandos:
- Bolsa para material de estudo (pago uma vez em cada ano)
- Bolsa de formação (pago mensalmente, 41.92 €)
- Subsídio de refeição (pago mensalmente e com base de 4.27 € por dia de formação)
- Despesas de Transporte (todas as que houverem, desde que em transporte público colectivo, passe)
- Subsídio de transporte (até 52.40 / mês, desde que comprovado que não exista transporte público colectivo compatível com o horário e local de formação)
- Subsídio de Alojamento (até 125.76, para formandos deslocados a + 50 Km da sua residência permanente)
- Subsídio de Acolhimento (até 209.61 / mês para pagamento de creches ou amas)
Os formandos terão direito a 1 mês de férias por cada ano de formação (considera-se um ano 1200 h de formação).
Cursos co-financiados pela União Europeia (através do FSE) e pelo Governo da República Portuguesa.
Todos os cursos estão estruturados de acordo com o CNQ e IEFP.
Para mais informações entre em contacto connosco ou http://www.conclusao.com/cursosdeaprendizagem/

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!

Sessões de Júri de Certificação Nível Básico

Nos dias 17 e 21 de Dezembro de 2010, oito candidatos foram certificados com o nível básico. A todos os candidatos certificados, os nossos sinceros parabéns!





O Centro Novas Oportunidades Fernando Namora deseja a todos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de Novas Oportunidades!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Eu gostava de aprender e era um revoltado por não ter tido condições para estudar"

Sempre gostei de aprender e nunca tive pejo em confessar que não sabia, até quando, nalguns casos, sabia. Isto serve para explicar a teima do meu antigo jogador e capitão de equipa, que me desafiou e me convenceu a vir para o Centro Novas Oportunidades, para obter a certificação de nível secundário. Todos nos conhecíamos muito bem e o Loio sabia que eu gostava de aprender e que era um revoltado por não ter tido condições para estudar e jogou a cartada certa, que me fez decidir, quando me disse que, agora, tinha possibilidades de aprender, sem pagar e perto de casa. Em boa hora eu vim. (...)
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O que excedeu a minha expectativa foi o interesse que, aqueles que trabalharam comigo nesta certificação, manifestaram por mim e pela construção do meu Portefólio Reflexivo de Aprendizagens.
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Fiquei também surpreendido com aquilo que consegui aprender em muitas áreas em que não sabia nada e talvez nunca viesse a saber, outras onde tinha imensas dúvidas porque me faltava qualquer coisa. Como exemplo, posso referir os grupos sanguíneos e a explicação em relação ao ADN.
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Melhorei imenso o meu português. Aprendi a dar valor a coisas que antes não me interessavam. Nalgumas questões, a profissional de RVC e formadores detectaram nas frases coisas que não faziam sentido, faltas grandes na construção doutras, e sugeriram pequenos toques que mudaram para melhor todo o sentido que eu não conseguiria dar ao texto. Nalguns casos, só me indicavam um pequeno atalho e, eu próprio, conseguia chegar ao fim do caminho. Até eu, nalguns casos, ficava admirado, como foi possível aprender tanta coisa?
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Do que gostei mais foi da liberdade que me deram de escolher o que gostaria de escrever e da maneira paciente como me ajudaram a corrigir, não apenas o que estava menos bom como também a maneira de ficar mais correcto.
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Joaquim Fontes - candidato à certificação de nível secundário

sábado, 4 de dezembro de 2010

EURES - Portal Europeu da Mobilidade Profissional


Em http://ec.europa.eu/eures/home.jsp?lang=pt pode aceder ao Portal Europeu da Mobilidade Profissional, onde encontra ofertas de emprego em 31 países europeus, Curriculum Vitae de candidatos interessados e informação sobre viver e trabalhar no estrangeiro. Para construir o seu Curriculum Vitae em modelo europeu aceda ao site do Europass.
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VC - Profissional de RVC de nível secundário

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dreams really do come true

No dia 30 de Novembro três candidatos foram certificados com o nível secundário. A candidata Margarida Silva brindou-nos com uma abordagem ao seu percurso pessoal, social e profissional; o candidato Armando Jacob deu-nos a conhecer a arte de ser bate-chapas, reflectindo sobre as pessoas e as vivências determinantes na aprendizagem desta profissão; a Anabela Martins surpreendeu-nos positivamente com a sua expressão oral e postura tranquila, tendo captado todas as atenções para a sua apresentação que incidiu sobre o Plano de Desenvolvimento Pessoal. Parabéns a todos!

O Profissional de RVC é um facilitador de aprendizagem

A aprendizagem autodirigida possui, de facto, uma particular importância nos dias de hoje, caracterizados pela constante mudança e exigência aos níveis social, tecnológico, científico, entre outros. Cada vez mais, cada um de nós deverá ser capaz de traçar projectos de vida, escolhendo e redefinindo, sempre que necessário, estratégias para a sua consecução. Nesta caminhada é necessário realizar aprendizagens, umas com mais autonomia que outras, promotoras de mudança. O profissional de Reconhecimento e Validação de Competências, pode contribuir para a mudança dos adultos com quem trabalha, quer ao nível da sua auto-estima, portanto, na mudança da perspectiva de si próprio, quer ao nível do reconhecimento e/ou fortalecimento de competências e da capacidade de perspectivarem e planificarem projectos para o futuro. Estes técnicos norteiam a construção de Portefólios que são espelhos de vidas dando reforço positivo, incentivando a melhoria da narrativa e da reflexão crítica, no fundo, ajudam cada adulto a construir o seu puzzle, a reviver e a reconstruir a sua vida e a atribuir-lhe novos significados! São, como não podiam deixar de ser, facilitadores da aprendizagem.

Segundo o modelo humanista, o facilitador deve tornar o processo educativo pessoal e único. Os profissionais de RVC fazem-no com recursos a sessões de atendimento individuais, que complementam as sessões de grupo, nas quais, em conjunto com os adultos, exploram a sua História de Vida, à luz do Referencial de Competências-Chave. Todas as Histórias de Vida são diferentes e únicas e a sua exploração também o terá de ser para que seja feito um verdadeiro Balanço de Competências.

Construir um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens implica que os adultos descrevam o seu autoconhecimento e a forma como o adquiriram/desenvolveram. Para que esta tarefa seja bem sucedida é necessário que acreditem e tenham consciência do valor das suas experiências e do saber delas resultante, o que nem sempre se verifica. A falta de autoconfiança pode, portanto, ser prejudicial ao adulto num processo de Reconhecimento e Validação de Competências e, neste contexto, a valorização das experiências de cada adulto e a sua aceitação incondicional, pelo Profissional de RVC, é fundamental.

Considero que um dos grandes desafios que se colocam aos profissionais de RVC consiste em compreender os adultos com quem trabalham tendo em conta o seu contexto. Trata-se, também, de conseguir estabelecer empatia com os adultos e antecipar dificuldades, criando um ambiente protector, de suporte, tolerância a aceitação. Isto só pode acontecer se os profissionais de RVC e os formadores das áreas de competências-Chave se conhecerem verdadeiramente e se afastarem de qualquer estatuto que lhes confira autoridade. Quando isto se verifica, os adultos sentem-se à vontade para solicitar apoio e apresentam maior motivação para a construção do seu Portefólio pois sabem que não há lugar nem para o julgamento nem para a penalização.

O profissional de RVC desempenha um papel fundamental na equipa técnico-pedagógica pois é ele quem orienta e dinamiza o trabalho dos formadores através de sessões de trabalho para o efeito. É um elemento fundamental pois conhece os candidatos na sua plenitude e o caminho que percorrem na construção e reconstrução da sua História de Vida e, por isso, em conjunto com os formadores, é capaz de desocultar competências e apoiar todo o percurso até à certificação.

O profissional de RVC tem um papel crucial na desocultação de competências mas deve confiar na capacidade dos adultos de se responsabilizarem pela construção do seu Portefólio. Naturalmente, uns necessitam mais do seu apoio, da sua presença e feedback devido à sua insegurança, ao seu baixo nível de autonomia ou, até por vezes, devido à necessidade de atenção; outros, recorrem a ao profissional, essencialmente, para clarificar as etapas do caminho a percorrer pois são criativos, independentes, corajosos (é necessário ter coragem para reviver a sua vida e partilhá-la com os outros!). Ora, um dos seus principais objectivos é promover o reconhecimento e até a aprendizagem autodirigida de quem apresenta lacunas a este domínio. Não é fácil e nem sempre se consegue fazê-lo, principalmente junto daqueles que reclamam pelos métodos tradicionais, “no meu tempo é que se aprendia a sério!”. No entanto, é possível verificar numa parte dos adultos um crescimento admirável, quer nos níveis de autonomia, que normalmente acompanha a crescente confiança em si próprios, quer na capacidade de perspectivar mudanças e estratégias para as alcançar, ao longo de um processo de RVC. Este crescimento é, normalmente, também constatado pelos adultos e impulsiona-os a continuar a investir em si próprios.

VC - Profissional de RVC de nível secundário

Imagem disponível online em
http://www.bibletimelines.org/