“(…) A música animava-me nos bailaricos e em outros locais e a politica entrava dentro de mim, a cada dia com mais força, com o desejo de mudança de um regime opressor. A Guerra, em África, onde dois meus irmãos estiveram, separadamente, a cumprir serviço militar, suscitou-me uma revolta muito grande porque andava sempre com a incerteza se os poderia voltar a ver com vida. Assim, participei na distribuição de propaganda política, apelando à eleição dos líderes oposicionistas concorrentes às eleições à Assembleia Nacional no ano de 1969, pelo círculo de Coimbra. Foi em Junho/Julho de 1969 que, com uma adesão maioritária, os estudantes de Coimbra, apoiados por parte significativa da população da cidade, se manifestaram e denunciaram o carácter ditatorial do regime. A partir desta manifestação, tudo correu mais célere para a destituição do regime político em Portugal.
A revolução de 25 de Abril de 1974, planeada pelos capitães, que tinha como base reivindicações militares, teve como aliados o povo e as forças militares. Depois de algumas horas de sofrimento e de incerteza, emergiram com cravos vermelhos a ditar o fim da ditadura fascista e a gritar VIVA A LIBERDADE! Vivi esse dia de forma apaixonada e jamais deixarei de o recordar. Passados 37 anos, o que eu não esperava era ver um país assim, com uma classe política no passado recente e, actualmente, a delapidar aquilo que, de bandeja, lhe entregaram e a fazer sofrer e empobrecer o povo, principalmente os mais vulneráveis.
Dei conta que, dias após a revolução do 25 Abril, os camaradas com quem eu reunia, para abordamos a situação política, pertenciam ao M.R.P.P. (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses / Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado). Gostei desta experiência política e guardo recordações.
Actualmente, abstenho-me de discutir políticas, porque não acredito nos políticos, embora me lembre muita vez de alguns homens que mudaram um regime ditador, através da Revolução de 25 de Abril e que foram postos na prateleira, por uns, e desvalorizados, por outros. Sem filiação partidária, antes e após a Revolução de 25 de Abril, nunca deixei de me bater pelos meus ideais para bem de uma sociedade mais justa. ”
Imagem retirada de http://www.postaisde.pt/gratis.asp?search=true&tag=simbolo-de-portugal
A revolução de 25 de Abril de 1974, planeada pelos capitães, que tinha como base reivindicações militares, teve como aliados o povo e as forças militares. Depois de algumas horas de sofrimento e de incerteza, emergiram com cravos vermelhos a ditar o fim da ditadura fascista e a gritar VIVA A LIBERDADE! Vivi esse dia de forma apaixonada e jamais deixarei de o recordar. Passados 37 anos, o que eu não esperava era ver um país assim, com uma classe política no passado recente e, actualmente, a delapidar aquilo que, de bandeja, lhe entregaram e a fazer sofrer e empobrecer o povo, principalmente os mais vulneráveis.
Dei conta que, dias após a revolução do 25 Abril, os camaradas com quem eu reunia, para abordamos a situação política, pertenciam ao M.R.P.P. (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses / Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado). Gostei desta experiência política e guardo recordações.
Actualmente, abstenho-me de discutir políticas, porque não acredito nos políticos, embora me lembre muita vez de alguns homens que mudaram um regime ditador, através da Revolução de 25 de Abril e que foram postos na prateleira, por uns, e desvalorizados, por outros. Sem filiação partidária, antes e após a Revolução de 25 de Abril, nunca deixei de me bater pelos meus ideais para bem de uma sociedade mais justa. ”
Imagem retirada de http://www.postaisde.pt/gratis.asp?search=true&tag=simbolo-de-portugal
Carlos Simões de Oliveira
Candidato em processo de RVC de nível secundário